A queda de Jerusalém foi um dos momentos mais trágicos da história de Israel, marcada pela invasão e destruição da cidade pelas forças babilônicas lideradas pelo rei Nabucodonosor.

Em resposta às rebeliões de Zedequias, o último rei de Judá, Nabucodonosor cercou Jerusalém com seu exército, mantendo a cidade sob cerco por cerca de dois anos. Nesse período, a fome dominou a população, esgotando os recursos e enfraquecendo a resistência local.

Quando os muros de Jerusalém foram finalmente rompidos, os soldados babilônios invadiram a cidade. Muitos dos habitantes, incluindo o próprio rei Zedequias, tentaram fugir, mas foram capturados.

Zedequias foi levado ao encontro de Nabucodonosor, onde presenciou a execução de seus filhos antes de ter seus próprios olhos perfurados e ser levado em correntes para a Babilônia. Com o templo destruído e as casas incendiadas, Jerusalém foi reduzida a ruínas.

Os muros de Jerusalém, que mais tarde foram reconstruídos por Neemias, foram destruídos pelos babilônios sob o comando de Nabucodonosor. Durante o cerco, a cidade foi devastada, e o povo de Judá levado ao exílio. Além disso, os babilônios saquearam os tesouros e utensílios do templo, feitos de ouro e bronze, levando-os para a Babilônia.

Essa destruição marcou o início do exílio dos judeus, que foram deportados para a Babilônia. Eles permaneceram lá até que Ciro, rei da Pérsia, permitiu seu retorno e incentivou a reconstrução do templo. A queda de Jerusalém e o exílio foram eventos marcantes que impactaram profundamente a história do povo de Israel.

Passagens bíblicas sobre a queda de Jerusalém

2 Reis 25: A queda de Jerusalém

Então, no nono ano do reinado de Zedequias, no décimo dia do décimo mês, Nabucodonosor, rei da Babilônia, marchou contra Jerusalém com todo o seu exército. Ele acampou em frente da cidade e construiu rampas de ataque ao redor dela.

A cidade foi mantida sob cerco até o décimo primeiro ano do reinado de Zedequias. No nono dia do quarto mês, a fome na cidade havia se tornado tão rigorosa que não havia nada para o povo comer.

Então o muro da cidade foi rompido, e todos os soldados fugiram de noite pela porta entre os dois muros próximos ao jardim do rei, embora os babilônios estivessem em torno da cidade. Fugiram na direção da Arabá, mas o exército babilônio perseguiu o rei e o alcançou nas planícies de Jericó. Todos os seus soldados o abandonaram, e ele foi capturado. Foi levado ao rei da Babilônia, em Ribla, onde pronunciaram a sentença contra ele. Executaram os filhos de Zedequias na sua frente, furaram os seus olhos, prenderam-no com algemas de bronze e o levaram para a Babilônia.

No sétimo dia do quinto mês do décimo nono ano do reinado de Nabucodonosor, rei da Babilônia, Nebuzaradã, comandante da guarda imperial, conselheiro do rei da Babilônia, foi a Jerusalém. Incendiou o templo do Senhor, o palácio real, todas as casas de Jerusalém e todos os edifícios importantes.

Todo o exército babilônio que acom­panhava Nebuzaradã derrubou os muros de Jerusalém. E ele levou para o exílio o povo que sobrou na cidade, os que passaram para o lado do rei da Babilônia e o restante da população. Mas o comandante deixou para trás alguns dos mais pobres do país, para trabalharem nas vinhas e nos campos.

Os babilônios destruíram as colunas de bronze, os suportes e o tanque de bronze que estavam no templo do Senhor e levaram o bronze para a Babilônia. Tam­bém levaram as panelas, as pás, os cortadores de pavio, as vasilhas e todos os utensílios de bronze utilizados no serviço do templo.

O comandante da guarda imperial levou os incensários e as bacias de aspersão, tudo o que era feito de ouro puro ou de prata. As duas colunas, o tanque e os suportes, que Salomão fizera para o templo do Senhor, eram mais do que podia ser pesado. Cada coluna tinha oito metros e dez centímetros de altura. O capitel de bronze no alto de cada coluna tinha um metro e trinta e cinco centímetros de altura e era decorado com uma fileira de romãs de bronze ao redor.

O comandante da guarda levou como prisioneiros o sumo sacerdote Seraías, Sofonias, o segundo sacerdote, e os três guardas da porta. Dos que ainda estavam na cidade, ele levou o oficial responsável pelos homens de combate e cinco conselheiros reais. Também levou o secretário, principal líder responsável pelo alistamento militar no país, e sessenta homens do povo.

O comandante Nebuzaradã levou todos ao rei da Babilônia, em Ribla. Lá, em Ribla, na terra de Hamate, o rei mandou executá-los. Assim Judá foi para o exílio, para longe da sua terra. Nabucodonosor, rei da Babilônia, nomeou Gedalias, filho de Aicam e neto de Safã, como governador do povo que havia sido deixado em Judá.

Quando Ismael, filho de Netanias, Joanã, filho de Careá, Seraías, filho do netofatita Tanumete, e Jazanias, filho de um maacatita, todos os líderes do exército, souberam que o rei da Babilônia havia nomeado Gedalias como governador, eles e os seus soldados foram falar com Gedalias em Mispá.

Gedalias fez um juramento a esses líderes e a seus soldados, dizendo: Não tenham medo dos oficiais babilônios. Estabeleçam-se nesta terra e sirvam o rei da Babilônia, e tudo lhes irá bem. Mas, no sétimo mês, Ismael, filho de Netanias e neto de Elisama, que tinha sangue real, foi com dez homens e assassinou Gedalias e os judeus e os babilônios que estavam com ele em Mispá. Então todo o povo, desde as crianças até os velhos, inclusive os líderes do exército, fugiram para o Egito, com medo dos babilônios.
- 2 Reis 25:1-26

2 Crônicas 36: A queda de Jerusalém

O Senhor, o Deus dos seus antepassados, advertiu-os várias vezes por meio de seus mensageiros, pois ele tinha compaixão de seu povo e do lugar de sua habitação. Mas eles zombaram dos mensageiros de Deus, desprezaram as palavras dele e expuseram ao ridículo os seus profetas, até que a ira do Senhor se levantou contra o seu povo e já não houve remédio.

O Senhor enviou contra eles o rei dos babilônios que, no santuário, matou os seus jovens à espada. Não poupou nem rapazes, nem moças, nem adul­tos, nem velhos. Deus entregou todos eles nas mãos de Nabucodonosor; este levou para a Babilônia todos os uten­sílios do templo de Deus, tanto os pequenos como os ­gran­des, com os tesouros do templo do Senhor, os do rei e os de seus oficiais.

Os babilônios incen­diaram o templo de Deus e derrubaram o muro de Jerusalém; queimaram todos os palácios e destruíram todos os utensílios de valor que havia neles. Nabucodonosor levou para o exílio, na Babilônia, os remanescentes que escaparam da espada, para serem seus escravos e dos seus descen­dentes, até a época do domínio persa. A terra des­frutou os seus descansos sabáticos; descansou durante todo o tempo de sua desolação, até que os setenta anos se completaram, em cumprimento da palavra do Senhor anunciada por Jeremias.

No primeiro ano do reinado de Ciro, rei da Pérsia, para que se cumprisse a palavra do Senhor anunciada por Jeremias, o Senhor tocou no coração de Ciro, rei da Pérsia, para que fizesse uma proclamação em todo o território de seu domínio e a pusesse por escrito, nestes termos:

Assim declaro eu, Ciro, rei da Pérsia:
O Senhor, o Deus dos céus, deu-me todos os reinos da terra e designou-me para construir um templo para ele em Jerusalém, na terra de Judá. Quem dentre vocês pertencer ao seu povo vá para Jerusa­lém, e que o Senhor, o seu Deus, esteja com ele ,
- 2 Crônicas 36:15-23

Jeremias 39: A queda de Jerusalém

Foi assim que Jerusalém foi tomada: no nono ano do reinado de Zedequias, rei de Judá, no décimo mês, Nabucodonosor, rei da Babilônia, marchou contra Jerusalém com todo seu exército e a sitiou.

E, no nono dia do quarto mês do décimo primeiro ano do reinado de Zedequias, o muro da cidade foi rompido. Então todos os oficiais do rei da Babilônia vieram e se assenta­ram junto à porta do Meio: Nergal-Sarezer de Sangar, Nebo-Sarsequim, um dos chefes dos oficiais, Nergal-Sarezer, um alto oficial, e todos os outros oficiais do rei da Babilônia.

Quando Zedequias, rei de Judá, e todos os soldados os viram, fugiram e saíram da cidade, à noite, na direção do jardim real, pela porta entre os dois muros; e foram para a Arabá. Mas o exército babilônio os perseguiu e alcançou Zedequias na planície de Jericó. Eles o capturaram e o levaram a Nabucodonosor, rei da Babilônia, em Ribla, na terra de Hamate, que o sentenciou.

Em Ribla, o rei da Babilônia mandou executar os filhos de Zedequias diante dos seus olhos e também matou todos os nobres de Judá. Mandou furar os olhos de Zedequias e prendê-lo com correntes de bronze para levá-lo para a Babilônia. Os babilônios incendiaram o palácio real e as casas do povo e derrubaram os muros de Jerusalém.

Nebuzaradã, o comandante da guar­da imperial, deportou para a Babilônia o povo que restou na cidade, junto com aqueles que tinham se rendido a ele, e o restante dos artesãos. Somente alguns dos mais pobres do povo, que nada tinham, Nebuzaradã deixou para trás em Judá. E, naquela ocasião, ele lhes deu vinhas e campos.

Mas Nabucodonosor, rei da Babilônia, deu ordens a respeito de Jeremias a Nebuzaradã: Vá buscá-lo e cuide bem dele; não o maltrate, mas faça o que ele pedir. Então Nebuzaradã, o comandante da guarda imperial, Nebusazbã, um dos chefes dos oficiais, Nergal-Sarezer, um alto oficial, e todos os outros oficiais do rei da Babilônia mandaram tirar Jeremias do pátio da guarda e o entregaram a Gedalias, filho de Aicam, filho de Safã, para que o levasse à residência do governador. Assim, Jeremias permaneceu no meio do seu povo.

Enquanto Jeremias esteve preso no pátio da guarda, o Senhor lhe dirigiu a palavra: Vá dizer a Ebede-Meleque, o etíope: Assim diz o Senhor dos Exércitos, Deus de Israel: Estou prestes a cumprir as minhas advertências contra esta cidade, com desgraça e não com prosperidade. Naquele dia, elas se cumprirão diante dos seus olhos.

Mas eu o resgatarei naquele dia, declara o Senhor; você não será entregue nas mãos daqueles a quem teme. Eu certamente o resgatarei; você não morrerá à espada, mas escapará com vida, porque você confia em mim, declara o Senhor.
- Jeremias 39:1-18

Jeremias 52: A queda de Jerusalém

Zedequias tinha vinte e um anos quando se tornou rei e reinou onze anos em Jerusalém. O nome de sua mãe era Hamutal, filha de Jeremias, de Libna. Ele fez o que o Senhor reprova, assim como fez Jeoaquim.

A ira do Senhor havia sido provocada em Jerusalém e em Judá de tal forma que ele teve que tirá-los da sua presença. Zedequias se rebelou contra o rei da Babilônia. Então, no nono ano do reinado de Zedequias, no décimo mês, Nabucodonosor, rei da Babilônia, marchou contra Jerusalém com todo o seu exército. Acamparam fora da cidade e construíram torres de assalto ao redor dela.

A cidade ficou sob cerco até o décimo primeiro ano do rei Zedequias. Ao chegar o nono dia do quarto mês a fome era tão severa que não havia comida para o povo. Ele foi levado ao rei da Babilônia em Ribla, na terra de Hamate, que o sentenciou.

Então o muro da cidade foi rompido. O rei e todos os soldados fugiram e saíram da cidade, à noite, na direção do jardim real, pela porta entre os dois muros, embora os babilônios estivessem cercando a cidade. Foram à Arabá, mas os babilônios perseguiram o rei Zedequias e o alcançaram na planície de Jericó. Todos os seus soldados se separaram dele e se dispersa­ram, e ele foi capturado.

Em Ribla, o rei da Babilônia mandou executar os filhos de Zedequias diante de seus olhos e também matou todos os nobres de Judá. Então mandou furar os olhos de Zedequias e prendê-lo com correntes de bronze e o levou para a Babilô­nia, onde o manteve na prisão até o dia de sua morte.

No décimo dia do quinto mês, no décimo nono ano de Nabucodonosor, rei da Babilônia, Nebuzaradã, comandante da guarda imperial, que servia o rei da Babilônia, veio a Jerusalém. Ele incendiou o templo do Senhor, o palácio real e todas as casas de Jerusalém. Todos os edifícios importantes foram incendiados por ele. O exército babilônio, sob o coman­dante da guarda imperial, derrubou todos os muros em torno de Jerusalém.

Nebuzaradã deportou para a Babilônia alguns dos mais pobres e o povo que restou na cidade, juntamente com o restante dos artesãos e aqueles que tinham se rendido ao rei da Babilônia. Mas Nebuzaradã deixou para trás o restante dos mais pobres da terra para trabalhar nas vinhas e nos campos.

Os babilônios despedaçaram as colunas de bronze, os estrados móveis e o mar de bronze que ficavam no templo do Senhor e levaram todo o bronze para a Babilônia. Também levaram embora as panelas, pás, tesouras de pavio, bacias de aspersão, tigelas e todos os utensílios de bronze usados no serviço do tem­plo.

O comandante da guarda imperial levou embora as pias, os incensários, as bacias de aspersão, as panelas, os candeeiros, as tigelas e as bacias usadas para as ofertas derramadas, tudo que era feito de ouro puro ou de prata. O bronze tirado das duas colunas, o mar e os doze touros de bronze debaixo dele, e os estrados móveis, que o rei Salomão fizera para o templo do Senhor, eram mais do que se podia pesar.

Cada uma das colunas tinha oito metros e dez centímetros de altura e cinco me­tros e quarenta centímetros de circunferência; cada uma tinha quatro dedos de espessura e era oca.

O capitel de bronze no alto de uma coluna tinha dois metros e vinte e cinco centímetros de altura e era ornamentado com uma peça entrelaçada e romãs de bronze em volta, tudo de bronze. A outra coluna, com suas romãs, era igual. Havia noventa e seis romãs nos lados; o número total de romãs acima da peça entrela­çada ao redor era de cem.

O comandante da guarda tomou como prisioneiros o sumo sacerdote Seraías, o sacer­dote adjunto Sofonias e os três guardas das portas. Assim Judá foi para o cativeiro, longe de sua terra.

Dos que ainda estavam na cidade, tomou o oficial encarregado dos homens de combate e sete conselheiros reais. Também tomou o secretário, que era o oficial maior encar­regado do alistamento do povo da terra, e sessen­ta de seus homens que foram encontrados na cidade.

O comandante Nebuzaradã tomou todos eles e os levou ao rei da Babilônia em Ribla. Ali, em Ribla, na terra de Hamate, o rei fez com que fossem executados.

Este é o número dos que Nebuzaradã levou para o exílio: No sétimo ano, 3.023 judeus; no décimo oitavo ano de Nabucodono­sor, 832 de Jerusalém; em seu vigésimo terceiro ano, 745 judeus levados ao exílio pelo coman­dante da guarda imperial, Nebuzaradã. Foram ao todo 4.600 judeus.

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